Aos dois parecia ter quatro. Aos quatro parecia ter seis. Aos seis parece ter dez.
Sinto-me mãe pela primeira vez, ao olhar para ele e ver-me a mim, na minha pré-adolescência. Por mais que tente lhe dar uma vida oposta à que eu tive, parece que o caminho a percorrer é o mesmo…
E como não sei o que fazer, já tenho um bolo no forno para o surpreender, como se isso resolvesse alguma coisa.
ai credo que me sinto tão identificada. nos sinto tão identificadas.
como a compreendo.
na escola, a acrescer ao resto, é notório que escolhe as amizades nos 3ºs e 4ºs anos. a piolha, tão alta e também tão crescida. claro que escolhe os amigos com quem consegue falar mais e com quem encontra afinidades. e depois, na sua sala, volta aos iiiiiiiii e gotas de água e curvas e curvinhas.
disse-me ontem que pensava que na escola primária ia aprender mais coisas. que pensava que ia ser diferente do que afinal é. tal e qual.
e eu a inventar “jogos” paralelos para os iiiiiii não serem só iiiiiis e para os sssssss não serem só curvas e contracurvas.
e o bolo, a surpresa: na semana passada recorri a um salame.
Salame ainda não tentei… 🙂 Acho que preciso de uns bons livros sobre o assunto (não me refiro ao salame, claro…)
Será que somos nós que estamos atentas de mais?
Talvez seja antes porque é, de facto, muito óbvio (o tal “não há como ignorar”). Acho que a minha atenção tem vindo a aumentar por sentir que alguma coisa não está bem. Mas também continuo a sentir que ainda tenho que dar mais um tempo.
Quando souber de literatura aplicada ao caso, por favor diga…
Eu vou tentar tb encontrar. É difícil porque também não consigo aderir a certas metodolgias muito opostas. Ainda nem me sei explicar bem.
É bom sentir que alguém passa por uma situação tão semelhante.
Vamos continuar atentas – a eles e ao forno. É que bolos surpresa só podem ajudar 🙂
🙂 Tenho a certeza que há muitos pais que sentem o mesmo que nós. E sim, é óbvio, para quem está atento e interessado. Não deixar que a nossa preocupação se torne muito evidente aos olhos das crianças também é importante.
Maria, vamos procurar e partilhar. Pelo menos, já somos duas! Um abraço*
um bolo da mãe no forno é sempre maravilhoso! 🙂
É um aconchego que ajuda a (ultra)passar tudo o resto!
beijinhos!
Exacto. E é também essa parte – de não deixar transparecer muito a preocupação – que eu não gosto mas que é importante, sim. Até porque tenho esperança que haja uma mudança.
Acredito sermos mais que duas… mas mesmo só duas fossemos podiamos fazer a diferença através de uma intervenção adequada, atempada e, sobretudo, positiva.
Vamos falando. Abraço!
(e no meu post anterior era metodol o gia, claro. comi uma letra. pena não ter sido um iiiiiiizinho.. 😉