Cheguei a um lugar que me parecia tão distante que nem pensava muito nele. Achei que por esta altura a minha vida seguiria o seu rumo, segura de si, e que eu só precisaria de a acompanhar.. Mas olho para mim, 6 anos depois, e dentro de mim a certeza é a mesma de quando ele nasceu: quero estar sempre disponível, custe o que custar.
Entretanto já trabalhei muito, umas vezes bem paga, outras quase que pagando para trabalhar, horas extraordinárias, corridas para cá, febres e dores de ouvido para lá – até a vida me ter mostrado que existe a opção de trabalhar em casa, que não é impossível, que se pode lutar e conseguir. E eu sei que consigo, que tenho a força de vontade, o espírito combatente. Mas, caramba, tem sido uma luta solitária. Se não fosse a convicção absoluta dentro de mim, lá teria sido eu arrastada por essas tempestades que podem ser as vozes dos outros. Consegui ficar com o meu filho nos seus primeiros 4 anos de vida, com dois deslizes de que me arrependo, mas me fizeram ter ainda mais certeza daquilo em que acredito.
E agora já tem 6 anos, a sua vida vai começar a andar a uma outra velocidade e eu – só as mães me podem entender – celebro a vida de braços abertos enquanto escondo um vazio igual ao que senti quando ele saiu de dentro de mim. Nada de dramas, está tudo guardadinho cá dentro, ninguém dará por nada.
E ele diz-me que está em pulgas para ir para a sala dos crescidos. E eu calo-me e deixo assim. Por enquanto ainda não sabe que também ele já é crescido.
🙂
doi um bocadinho, não é? 🙂
Mas também é bom! É isso, é como o parto, ambíguo! Mas com muito menos intensidade!!!!… 😀
beijinhos!