o primeiro dia do resto das nossas vidas

primeiro dia

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Não é o Natal que me comove. É o celebrar o fim e o início de um novo ciclo, ano após ano como se da primeira vez se tratasse, acreditando sempre que tudo correrá bem, de coração seguro e sereno que me deixa arrepiada. Talvez não tenha sido sempre assim, muitos anos houve em que não sentia acesso directo a essa janela. Sabia que a tinha, sabia onde estava, mas sentia-a fechada. E sabê-la fechada doía. Passei muitos anos de janela fechada e sempre que olhava para dentro e me procurava, o que sentia era dor. Lembro-me de um sonho que tive há muitos anos, onde ao andar por uma casa grande e bonita, encontrei uma janela fechada. Ao olhar para ela, abriu-se, e através dela entraram centenas de borboletas coloridas para dentro de casa. Guardei essa imagem com esperança de um dia me sentir assim, um cheque-prenda do meu inconsciente com validade vitalícia. Talvez a melhor prenda de sempre.
Hoje, ainda a caminho de me sentir bem na minha pele e de saber dirigir a minha vida, quanto mais a dos meus, posso felizmente contar com essa paz interior que sei onde mora e sei que me espera sempre que dela precisar. E sinto-me grata, muito grata, por ter chegado até aqui.
Agora há que cultivar e praticar, dia após dia, para que essa fonte de paz e criatividade me transforme e através de mim, o meu mundo se transforme também. 
Desejo-vos um ano bom, do fundo do coração.
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