Este tempo faz-me lembrar os dias cinzentos da Holanda, pequeníssimos, escuros, solitários. Mas porque já passei muitos desses dias, recuso-me a ceder. Lembro a mim mesma que tudo vai passar e que a minha alma nada tem que se deixar influenciar. Apetecia-me ter ido escalar uma montanha ou correr atrás do meu filho pela praia, ofegante, prometendo-me fazê-lo mais vezes, esquecendo a promessa logo que chegasse a casa.
Mas o domingo foi passado em casa, de pijama, no meio de plasticinas e quebra-cabeças, o passatempo preferido dos dois homens cá de casa, que passam a semana fora. Mas a mim, que tenho uma das mais necessárias e mais impopulares de todas as ocupações destes tempos, que passo a semana em casa no meio de roupa para lavar, para secar, para passar, de almoços e jantares, de viagens de ida e volta casa-escola-casa-escola, de linhas que gostam de se espalhar pela casa toda, de bonecos que vão nascendo das minhas mãos ainda como milagre, a mim apetecia mesmo ir lá para fora. Mas diz que vai melhorar. E eu acredito sempre.
Já a segunda-feira começou da melhor maneira possível. Consegui que os primeiros raios de sol da manhã colaborassem comigo de modo a fotografar os recém-nascidos e logo que ligo o computador recebo um prémio! Um prémio! E não foi um qualquer: o prémio Blog de Ouro, Mulher Diferente. E o melhor de tudo, a cereja no topo do bolo, recebi-o das mãos de alguém que admiro – a Pequete, mãe-bióloga-ilustradora que participa no Pés na Relva, blog sobre famílias que praticam o ensino doméstico em Portugal, o qual eu tinha a certeza absoluta que com o tempo começaria a dar frutos.
Agora compete-me atribuir o prémio a seis outros blogs. Tarefa que me diverte, devo dizer, e que vou saborear ao longo do dia.
Assim, já estou mais feliz.
Que bom :))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
eh la!!! MUITOS PARABÉNS!!!!!!!!!!! Tu mereces 🙂 Adoro, simplesmente adoro, esta foto com os óculos. beijinhos