Dia da Família 2008 d.c.

O dia 15 de Maio foi proclamado pelas Nações Unidas como o dia Internacional da Família com o objectivo de chamar a atenção de todo o mundo, governos, responsáveis por políticas locais e famílias para a importância da Família como núcleo vital da sociedade e para os seus direitos e responsabilidades.
No estado em que se encontra o nosso país, o que será das famílias daqui a poucas décadas? Deixo aqui um trecho de um dos muitos discursos de Osho sobre a família. Para quem não o conhece a sua frontalidade pode incomodar mas eu tentaria perceber onde ele quer chegar.
A minha ideia é que o futuro não vai ser um padrão fixo; terá muitos, muitos estilos de vida alternativos. Se algumas pessoas ainda escolherem ter uma família, deverão sentir-se livres para realizar esse desejo. Mas serão uma percentagem muito pequena.
Há famílias neste planeta – são casos muito raros, não mais do que um por cento – que são realmente belas, que são realmente benéficas, nas quais há crescimento; nas quais não há autoridade, não há lutas pelo poder, não há sentimento de posse; nas quais as crianças não são destruídas; nas quais a mulher não está a tentar destruir o marido nem o marido a tentar destruir a mulher; em que há amor e em que há liberdade; em que as pessoas se reuniram apenas porque isso lhes traz felicidade – e não por outros motivos; em que não há política. Sim, este tipo de família existiu na Terra; estas famílias ainda existem. Para estas pessoas não há necessidade de mudar. No futuro poderão continuar a viver em famílias.
Mas, para a grande maioria, a família é uma coisa feia. Pode perguntar aos psicanalistas que eles dirão: “Todos os tipos de doenças mentais surgem por causa da família. Todos os tipos de psicoses, neuroses, surgem por causa da família. A família cria um ser muito, muito doente.”
A primeira coisa que faz é condicionar a criança a uma determinada ideologia religiosa, a um dogma político, a uma filosofia qualquer, a uma teologia qualquer. E a criança é tão inocente e tão receptiva, tão vulnerável, que se deixa explorar. (…) Ela é tão indefesa que tem de concordar com a família, com todos os absurdos com que a família quiser que ela concorde.
A família não ajuda a criança a descobrir; dá-lhe crenças e as crenças são venenos. Quando a criança fica sobrecarregada com crenças, a sua descoberta é limitada, paralisada, ela perde as asas. (…) É por isso que há tão poucos Budas no mundo (…).
Ontem à noite, depois do jantar, tivemos a nossa habitual meia-hora de trabalhos manuais. Fomos inventando até nos depararmos com uma família de marcianos na sua nave especial
Bom Dia da Família.