Gata borralheira

Hoje vi uma senhora. Olhei para ela e não consegui deixar de a olhar. Estava à espera de pagar, tal como eu. Era pequena, metro e meio, roliça. E não é que trazia a carteira encostada ao peito e a argola da chave enfiada no dedo como que se morasse ali pertinho e fosse à loja num instantinho…! E quanto mais se apercebia que a fila não andava mais apertava a carteira contra o peito e até a embalava, a jeito de consolo, talvez. A chave dava uma volta ao dedo, duas e eu a vê-la. Talvez tivesse comida ao lume.

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