Água é vida

O post de ontem ficou um pouco triste. Sinto-me na obrigação de o ultrapassar, colocando uma imagem positiva, que me lembra a vida.
A minha avó e o meu filho a regar o jardim é das imagens que mais prazer e paz me trazem. Porque são os pilares da minha vida, porque tenho a felicidade de os ver juntos, porque tenho a certeza que muito da minha avó vai ficar no meu filho.
Vou ser sincera. Não gosto do bonitinho. Gosto do belo, do lindo, do transcendente – principalmente se o encontro através de algo feio, mundano, aparentemente vulgar. Tudo o que me parece demasiado perfeito me aborrece. Se um quadro podia ser mais bonito, não quero saber. Porque aquele quadro saiu de mim daquela forma, autêntica, directamente do meu âmago, se possível sem pensar.
Por isso, ontem se me sentia vazia, só podia exprimir-me dessa forma. E se hoje já me sinto com forças para lutar, é assim que tenho que me apresentar. Temperamental, eu sei. Sempre a mudar, eu sei. E estou a chegar aos 32 anos e sei que um ciclo está para se fechar. Não quero ter medo. Quero chamar a mim a guerreira adormecida e acreditar que tudo ficará bem, porque essa é a minha obrigação. A obrigação de ser quem sou.
Às mulheres que de alguma forma entendem o que estou para aqui a desabafar, acreditem que não ficam sozinhas se lutarem por aquilo que mais precisam. Não aquilo que querem, porque todas queremos o mesmo (só quero ser feliz!) mas aquilo que o vosso mais íntimo e escondido ser precisa.
Bem hajam as mulheres guerreiras, que lutam e amam e sofrem e que se levantam sempre de queixo erguido, outra e outra vez porque sabem que o mundo precisa delas e que não mais seria o mesmo se deixassem de ser quem são.
E assim a vida é linda…!