mascarar

Há quatro coisas que uma mulher deve fazer antes de morrer:
  1. um filho
  2. plantar uma árvore
  3. escrever um livro
  4. uma fantasia de carnaval para o filho, mesmo que ele não queira muito
Convenci-o a escolher cowboy. Porque, hoje em dia, escolher ser cowboy no meio de tantos homem-aranhas e póua ranjas é sinal de imaginação, de afirmação e de coragem. Isso e porque é mais fácil de costurar.
Ontem já me dizia que se calhar não lhe ia apetecer mascarar-se. E eu, num suspiro profundo imaginário, revejo-lhe os medos, o não à-vontade, a não-pertença. Digo-lhe que não faz mal, só o faz se quiser, mas que é uma pena não sarapintar a cara de barba por fazer, como o pai e os cowboys… E aí ri-se, ri-se.
– Não gosto de estar sozinho.
– Mas não estás sozinho. eu estou aqui.
– Mas o pai não está. E sem o pai não é a mesma coisa.
– … o pai já volta amanhã.
– Quero dar-te um abraço.
Espero que se mascare, que brinque, que ria muito.

6 comentários em “mascarar”

  1. era tão giro quando íamos todos mascarados para a rua, eu adorava! principalmente os confettis! olha que eu lembro-me de ti mascarada de índia, uma foto dessas no blog é que era coragem vá vá hihihhii

    beijinhos!!

  2. “The fear of not belonging” é o mais comum e o mais terrível.

    Viggi, continua a incentivar no Miguel um sentido de originalidade, como tu fazes tão bem.

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