Voltámos ao mesmo Algarve do ano passado. De todos os Algarves que já visitámos, parece que este nos conquistou. De tão simples que é, serviu-nos como uma luva. Ou melhor, como um calção de banho. Decidimos os três (a quarta está sempre pronta a passear, votando sempre a favor) que sim, que queríamos voltar àquele mesmo lugar, onde as casas não são nada de especial, onde o parque infantil cai de podre, bem como a mesa de matraquilhos, onde nunca se sabe como serão as pessoas com quem teremos que conviver. Mas a piscina está lá, os animais da quinta estão lá, o parque infantil está lá e a mesa de matraquilhos está lá. E a verdade é que naquele espaço de terra se forma sempre uma pequena aldeia que se junta de manhã, à tarde e à noite, mais as crianças que os adultos, mais os homens que as mulheres. Ali faço o almoço à janela, os miúdos ouvem-se lá fora, estão bem. A bicharada lá mais longe espera as cascas e os restos de pão que lhe levamos com tanto gosto. Um ritual que nasce naturalmente, organicamente, inteligentemente.
E dou por mim a dizer “quero tanto viver assim”.
Que saudades do Algarve…
Esse foi o primeiro que conheci! : )
Ainda há um Algarve puro e pacifico. É preciso querer encontrá-lo e apreciá-lo. Não é para todos.
Sou uma lisboeta de gema a viver no Algarve há 24 anos ( meu deus…) e a conseguir ainda passar o verão longe da turbulência desse turismo massivo, e geralmente meio apressado, mal disposto e barulhento, que nos invade por cerca de 3 meses por ano.
Habituei-me a fugir das grandes estradas, das praias vigiadas, dos supermercados das grandes cadeias. Habituei-me a respeitar que são os meses, únicos, de trabalho certo para muitos algarvios. Consegui reencontrar o silêncio e o cheiro doce do pó seco do campo algarvio ( como nos meus verões de criança ).
O Algarve está cá, aos bocados, por ai, como mantas de retalhos. Quem o encontra e ama, quer sempre voltar 🙂
Esse Algarve apressado, mal disposto e barulhento nem o vi. Aqui onde moro também acabo por me isolar no meu canto para fugir ao barulho turístico… parece que já não há volta a dar, tenho que ser assim. Felizmente vem aí Setembro, as praias voltam ao que eram e eu já sinto vontade de ir molhar os pés 🙂
Um abraço ás duas 🙂
Esse Algarve parece-me o céu! Também eu estou ansiosa por Setembro. Aqui na minha vila, que parece que de repente foi descoberta pelo mundo inteiro, os últimos meses têm sido difíceis. Estou cada vez mais convencida que o turismo não é a melhor forma de se ganhar a vida. Pelo menos este turismo de massas que invade, e acaba por estragar, descaracterizar.