Uma visita ao Museu do Brinquedo traz sempre um pouco de ar fresco, sobretudo quando já nos sentimos desiludidos com esta moda do “feito à mão”, moda essa que, quanto a mim, acabará mais cedo do que se pensa exactamente por se ter tornado moda.
Fico triste com todo o desrespeito que vejo por aí e só espero que os verdadeiros artesãos não venham a sofrer demasiado com tudo isto. Espero que seja apenas mais um ciclo que se fecha e que no fim, só quem ama o seu trabalho de verdade fique de pé, a trabalhar, a aprender, a aperfeiçoar a sua arte. E se um dia achava que eram os ditos artesãos que apenas copiam (ou pior ainda, que compram e depois vendem como sendo seu, como tenho visto tantas vezes em feiras de artesanato – ai, as feiras de artesanato deste país!) que acabariam com esta moda, hoje percebo que são as grandes lojas os piores inimigos do artesanato, que parecem ter descoberto a galinha dos ovos de ouro e mandam fazer peças “inspiradas” no feito à mão em fábricas em todo o mundo, a preços incrivelmente baixos, como só elas o conseguem fazer.
Recomedo passagem por aqui:
Uma boneca portuguesa enigmática – no blogue da Mary.
Obsolescência programada – queria partilhar isto aqui já há algum tempo – através do blogue da Alice.
Para quem não gosta de ser enganado – no blogue da Kate.
tudo volta ao rumo certo. E o que é de verdade fica. Acredita.
Tudo volta a estar certo. E o que é de verdade fica. Fica mesmo. Como tão bem dizes, a moda passa, mas a essência não.
tens razão, talvez até seja bom. beijo grande*